A greve de professores chegou ao fim.
Motivos para comemorar: NEHUM
Nenhuma vitória alcançada, todas as reivindicações foram negadas, os salários dos professores foram cortados (indo contra a própria lei), a sensação foi de derrota total.
Mas, derrota de quem????
De todos nós.
E de quem foi a culpa pela greve não ter alcançado seu objetivo???
Do SINDICATO???
Não.
Apesar das críticas ao sindicato, esse fez o seu papel nessa greve. Forneceu estrutura, uniu os grupos. No geral, representou e cumpriu seu papel.
Do GOVERNO ESTADUAL DE SÃO PAULO?
Não.
Esse também cumpriu seu papel. Aliás, vem cumprindo seu papel há 20 anos, sucateando o ensino, remunerando mal seus professores, investindo de maneira errado o dinheiro da educação, desmotivando os professores a seguir na profissão e servindo a um pequeno grupo de interesse na sociedade, àqueles que não precisam colocar seus filhos na escola pública e que possuem dinheiro suficiente para se ver livre desses problemas.
Do MÍDIA?
Não.
A mídia fez o que sempre soube fazer de muito bem. Manipulou as informações, escondeu a greve e protegeu o governador.
Dos ALUNOS?
Não.
Esses cumpriram com seu papel cidadão. Muitos alunos demonstraram mais consciência que muitos professores ou próprios pais. A todo momento, mensagens de apoio aos professores grevistas e o questionamento constantes, mostrando que muita coisa está errada.
Dos PROFESSORES GREVISTAS?
Não.
De maneira alguma. Esses foram heróis e demonstraram realmente se preocupar com algo maior, que é o futuro da educação no nosso estado. Se arriscaram o quanto pode. Lutaram. Abriram mão de muita coisa. Deram a cara pra bater. Não tiveram medo. Foram e são HERÓIS.
De quem foi a culpa, afinal?
A culpa foi da maioria dos "colegas" professores que simplesmente negaram a greve, que demonstraram completa alienação, misturado com uma atitude individualista e sem nenhum comprometimento com a profissão.
A culpa foi desses que enxergam na carreira de professor um simples emprego, que não está nem aí com nada e que acham que "dar" aula é somente passar lição na lousa, sentar e dar visto no caderno, bem no estilo século 19.
Fiquei apenas 23 dias em greve. O que me envergonhou e envergonha muito.
Até agora me condeno, mas não tive escolha. Meu salário cortado, minha bolsa de pesquisa cortada, não tinha outra opção.
Quando voltei, apenas um colega se mostrou interessado na situação e se propôs me dar alguma ajuda.
O restante, só o silêncio. Nem quiseram e nem querem saber como foi, se havia alguma necessidade. Nenhuma solidariedade, como não teve nesses 90 dias de greve.
Agiram, a todo momento como se a greve fosse de outra categoria, como se o problema não fosse com eles.
Ao longo desse período, aprendi que garis, caminhoneiros, gente simples e sem instrução formal, tem muito mais consciência e solidariedade.
Dos "colegas" professores que não fizeram greve, somente o "silêncio ensurdecedor".
Apatia total.
Amanhã, os professores grevista retornam. São vitoriosos, com certeza, pois, abriram os olhos de muita gente.
Até agora me condeno, mas não tive escolha. Meu salário cortado, minha bolsa de pesquisa cortada, não tinha outra opção.
Quando voltei, apenas um colega se mostrou interessado na situação e se propôs me dar alguma ajuda.
O restante, só o silêncio. Nem quiseram e nem querem saber como foi, se havia alguma necessidade. Nenhuma solidariedade, como não teve nesses 90 dias de greve.
Agiram, a todo momento como se a greve fosse de outra categoria, como se o problema não fosse com eles.
Ao longo desse período, aprendi que garis, caminhoneiros, gente simples e sem instrução formal, tem muito mais consciência e solidariedade.
Dos "colegas" professores que não fizeram greve, somente o "silêncio ensurdecedor".
Apatia total.
Amanhã, os professores grevista retornam. São vitoriosos, com certeza, pois, abriram os olhos de muita gente.
De resto, digo que a sociedade como um todo perde e perde muito, infelizmente, pois a escola, a depender da MÍDIA, do GOVERNO e da maioria dos silenciados PROFESSORES será um grande depósito de gente, com objetivo de manter tudo como está, na normalidade.
Prof. Alex
(Sociologia)
(Sociologia)
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